HT2014: Confira como foi a segunda edição do festival
Entre os dias 15 e 25 de maio, diversos moradores da cidade do Rio de Janeiro receberam o teatro em suas casas para a segunda edição carioca do Festival Home Theatre. O Festival realizou diversas ações com a proposta de promover a circulação pela cidade através do teatro e mudar sua forma de percepção.
A Mostra Cenas em Casa levou 20 cenas de todo Brasil para as favelas Batan, Borel, Cidade de Deus e Rocinha. A Pavuna também recebeu cenas dessa mostra e mais três ações: a Mostra Meu prédio tem história, processo dirigido pelo inglês Kerry Michael sobre as histórias de vida dos moradores do edifício Mercúrio; as oficinas para jovens atores (realizadas pelos diretores Amiz Nizar Zuab e Anirudh Nair). E fechando o Festival, a Mostra Competitiva reuniu todas as cenas na Arena Jovelina Pérola Negra para a Mostra Competitiva que premiou Vandré Silveira (Farnese de Saudade) e Cristiana Flores (Tipos de Perturbação) como melhores atuações. Ofélia Blue, aprendendo a nadar, de Raiça Bomfim, recebu o prêmio de melhor cena.
Além disso, o Seminário Arte e Cidade reuniu experiências de teatro que buscam relacionar essa arte com a uma forma de pensar a cidade. O encontro foi composto pela mesa nacional – com mediação de Marcus Faustini, idealizador do Festival Home Theatre – com a participação de Marina Vianna (professora da Unirio), Alexandre Damascena (diretor na Cia do Invisível), Veríssimo Junior (Teatro na Laje) e Marina Henriques (professora da Unirio).Compondo a mesa internacional, Kerry Michael (diretor inglês), Anirudh Nair (diretor indiano), Amir Nizar Zuabi (diretor palestino) falaram sobre suas experiências em seus países. A mediação foi de Paul Heritage, do People’s Palace Projects.
Durante o Festival, uma casa do Jardim Pernambuco foi ocupada pela Cia Terceiro Mundo com a peça Memórias de uma casa. Durante três dias, de 18h da noite às 03 da manhã o público pode ver a história da vida de duas mulheres a partir de cada cômodo.
O Teatro na Porta também levou Os Fabulosos (Marcos Camelo e Cesar Tavares) para qualquer parte do Rio de Janeiro a partir da solicitação do público. Rolou também a apresentação d’O Rico Avarento no Vaivem, evento realizado pelos jovens moradores da Casa Viva de Bonsucesso. A direção da cena é de Alexandre Damascena (Cia. do Invisível) e elenco composto pelos estudantes de teatro da Arena Jovelina Pérola Negra.
A segunda edição do Festival reuniu diversas experiências de teatro e levou-as para diferentes espaços do Rio de Janeiro, não pensando apenas a arte teatral como uma forma de fruição, mas uma real intervenção no espaço-tempo da narrativa da cidade.