A arte nos palcos de cada dia
Em outubro de 2012, o primeiro processo do Festival Home Theatre recebeu destaque na Revista O Globo, publicada aos domingos no jornal carioca. A matéria A arte nos palcos de cada dia, da repórter Joana Dale, com fotos de Leonardo Aversa e Camilla Maia, registrou a prévia do festival internacional que abriu as portas de três casas, em diferentes regiões do Rio de Janeiro, para três histórias de vida.
Neste processo, a atriz Regiane Alves encenou monólogos de 20 minutos, escritos a partir de entrevistas com a cineasta Isabel Diegues, a assistente social Sandra Tomé, e a comerciante de origem portuguesa Maria Emília Ribeiro de Sousa. As salas das entrevistadas, no Jardim Botânico, na Maré e na Pavuna, receberam o rodízio de cenas. “Nunca tinha feito um monólogo e estava em pânico diante de uma plateia tão próxima”, contou Regiane à repórter na primeira apresentação do projeto.
As apresentações têm em média 20 espectadores – metade convidada pela anfitriã da casa, metade pela produção. Após cada encenação, a plateia conversa em um clima intimista sobre circulação e personagens da cidade. “As histórias de Dona Emília, Sandra e Isabel são tão importantes para o projeto quanto o ato de cada uma delas abrir a porta de suas casas para as encenações. […] As três não chegam a ser a síntese do Rio, mas representam a síntese da curiosidade em conhecer o outro. Entendo que esse deva ser um desejo de quem vive na cidade. E o teatro pode contribuir rompendo as barreiras simbólicas dos muros das casas”, disse Marcus Faustini, que dirigiu as cenas e idealizou o festival.